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quinta-feira, 10 de março de 2011

Travessia de Sobrevivência à Serra do Marão

   Foi no âmbito da cadeira Universitária de Formação Técnico Desportiva Específica, à qual o Prof. Luís Quaresma é o docente responsável, que decidimos fazer uma travessia de sobrevivência à Serra do Marão. 
  Após decisão da data na qual realizar a actividade, deparámo-nos com condições climatéricas pouco favoráveis. Ainda assim, nos dias 19 e 20 de Novembro de 2010 fizemo-nos à estrada, ou melhor… “serra acima”! 
   Previamente a esta actividade de montanhismo, tivemos uma preparação teórica das exigências e cuidados a ter na montanha. Entre muitos aspectos importantes é de salientar a nossa protecção a nível do vestuário. 
   Passámos então a explicar alguns aspectos técnicos para a prática geral de montanhismo:
 Devemos então proteger o nosso organismo das perdas de calor, protege-lo dos agentes atmosféricos mais desagradáveis, nomeadamente a chuva, a neve, ou o calor excessivo (sol), utilizar cores vivas para fácil localização em casos extremos. É importante também proteger as extremidades do corpo (pés e mãos), as zonas mais vulneráveis à acção do frio (congelamento).
   Relativamente ao material para a zona da Cabeça no Verão, devemos usar um chapéu com abas de modo a proteger a cara e pescoço (protecção dos raios solares de modo a evitar o perigo de insolação). Em grandes altitudes e /ou no Inverno usar gorros ou passa montanhas de lã ou fibra polar. Em casos extremos carapuços de penas, tapa ventos e impermeável, cremes protectores de grande “écran” para cara, nariz e lábios, óculos protectores contra radiação ultravioleta.
    Em relação ao tronco e pernas devemos proteger também do frio e da chuva pois continua a ser o aspecto dominante do equipamento, este deve ser impermeável e respirante (gore-tex), o seu forro convém ser polar pois garante uma qualidade térmica muito boa, aliada à leveza. Os casacos de penas são os ideais para situações extremas, assim como os de gore-tex, as calças em fibra polar (polartec) ou gore-tex e capas impermeáveis; Polainas (caneleiras impermeáveis) em nylon ou gore-tex.
Muita atenção devemos ter em relação às mãos e aos pés, comprando luvas de lã ou fibra e manápulas em tecido impermeável. Em situações extremas dois pares de luvas de texturas diferentes, mas de grande protecção. Deve-se utilizar meias de algodão, lã, fibras artificiais e fibras polares.
O calçado deve ser escolhido de acordo com as condições meteorológicas e o conforto podendo ser uns ténis/sapatilhas, botas de marcha simples, “pés e gato”, botas de couro de média montanha, botas de fibra plástica (com botim interior).
O pé deve respirar, deve estar solto, confortável, mas será bom estar protegido com dois pares de meias em situações mais extremas.
No Inverno devemos manter os pés secos, o que implica necessariamente possuir botas com um grande poder de impermeabilização, o que poderá ser garantido, através do recurso a boas graxas e outros materiais como silicone ou similares.
MUITO IMPORTANTE:
Nunca estrear o calçado numa actividade de média e longa duração, pois o mesmo não está ainda adaptado ao pé (há que fazer previamente uma “rodagem” a um par de botas novo). Uma bolha ou fissura nos dedos poderá levar à desistência.

MATERIAL propriamente dito (características recomendadas):

SACO CAMA:
Abertura lateral; 
Modelo “sarcófago” mais utilizado no Inverno;
Pode ser constituído por vários materiais: penas (os mais quentes), fibras, algodão, nylon, entre outros;
O peso e a capacidade térmica será um factor importante na escolha do saco cama;
Outro equipamento aconselhável e de grande utilidade em situações extremas será a capa de sobrevivência. As suas características isolantes são elementos a ter em conta.

SACO ALPINO OU MOCHILA:
Evitar mochilas de grande capacidade para actividades de pequena duração (1 dia);
Para actividades de escalada, sacos mais estreitos e moldáveis ao corpo;
Usar sacos sempre moldáveis às características anatómicas de cada um;
Deverá ser confortável e resistente a abrasão;
Deverá ser impermeável e possibilitar a ventilação na zona de contacto com o corpo;
Um dos aspectos fundamentais do montanhista é o peso, logo por mais confortável que seja a mochila, o peso excessivo torna-se um suplício. O peso da mochila não deverá ultrapassar 1/3 do peso do praticante.
Não devemos arrumar o material e utensílios na mochila de qualquer modo, e por esse motivo, passamos também a citar a melhor maneira de o fazer. 
Os materiais mais pesados deverão estar o mais possível próximo do corpo e evitar colocá-los no fundo da mochila;
Os materiais duros o pontiagudos também devem estar afastados do corpo para evitar pressões incómodas;
Os materiais mais susceptíveis de serem utilizados com mais frequência deverão estar em locais mais acessíveis;
Os materiais de características técnicas (piolet, crampons, etc.) deverão ser colocados em locais especiais no exterior do saco. A maior parte das mochilas têm porta-piolet ou porta-crampons;
A mochila deverá estar equilibrada de forma a tornar o seu transporte mais fácil e cómodo;
Em situações de muita chuva, proteger a mochila com uma capa impermeável ou saco de plástico.

Para adquirir uma boa tenda, devemos ter em conta certas características para a sua aquisição como:
O seu peso
Grande impermeabilidade e resistência do tapete de solo;
Grande resistência ao vento;
Facilidade de montagem;
Características ou acabamentos das costuras isoladoras;
Existência ou não de avançado;
Tipo de actividade;
Preço.

Porquê o gore-tex e a fibra polartec?
   Imaginemo-nos numa situação em que necessitaríamos de caminhar um dia, a uma temperatura de 0ºC e com vento moderado, a uma altitude de aproximadamente 2.500 metros sobre o nível do mar por uma longa distância. Provavelmente teríamos a necessidade de utilizar uma roupa de abrigo para se proteger rápido à acção que o vento provoca. Um calçado leve e bem transpirável, como uns ténis, consequentemente resultaria gelado para estas condições, principalmente ao deparar-se com terrenos com mais humidade, neste caso utilizamos umas botas. 
   Nas últimas décadas houve uma grande evolução no desenvolvimento de materiais e técnicas de construção dos equipamentos de montanhismo, principalmente nos equipamentos têxteis. Embora essa evolução tenha sido quase imperceptível em determinados segmentos, houve um avanço significativo para os desportos de montanha, como por exemplo a utilização de matérias cada vez mais leves, que conseguem reter melhor o calor e ao mesmo tempo extrair o excesso de humidade da transpiração gerada pelo corpo quando estamos em actividade, reduzindo o risco de hipotermia, congelamentos e mantendo-nos mais secos que com roupas confeccionadas com os tecidos convencionais.
   Um desses materiais é o Gore tex. O gore tex é uma membrana de teflon expandido (uma espécie de plástico branco muito fino e com muitos microporos, precisamente são milhares de vezes menores que as gotas de água, porém centenas de vezes maiores que o vapor de água). Isto faz que a água exterior não possa entrar, sendo impermeável, e por outro lado que o suor interno evaporado possa sair, resultando num material transpirável. Segundo a sua construção, na qual a membrana poderá ser utilizada junto a diversos tecidos,obtêm-se diferentes tipos.
   Os mais comuns actualmente são: Gore-tex duas capas (ou duas camadas), Gore-tex 2,5 capas (cujo nome real é Gore-tex Paclite), o Gore-tex XCR e Gore-tex 3 capas. O primeiro é o mais empregado pela sua polivalência, tanto para montanhismo (trekking, inclusive) como para alpinismo e ski o segundo é uma alternativa intermediária quanto ao peso se comparado aos outros tipos (uso básico em corridas em montanha e alpinismo extremo). O de três capas é o mais rígido, mas também o de maior resistência e é utilizado por todos aqueles fabricantes que valorizam muito a durabilidade e a resistência à abrasão acima da leveza ou da 'maciez' de um tecido.
  Todos mostram igual grau de impermeabilidade, e de transpirabilidade, embora existam algumas diferenças. Cada fabricante poderá utilizar no exterior de uma jaqueta distintos tecidos que serão laminados com a membrana: poliéster, poliamida, kevlar, etc.
   Um calçado que possui membrana é importantíssimo. Embora o excesso de calor e de humidade nos pés não cause habitualmente problemas tão graves como os que podem produzir uma jaqueta (desidratação, hipotermia, etc.), lembre-se que uma jaqueta pode ser aberta, possui ventilação, podemos retirá-la: as botas não. E no caso de uma queda brusca de temperatura, as consequências de estar com os pés molhados podem ser muito mais graves.
Para finalizar, as camadas inferiores de roupa que estivermos utilizando também serão de extrema importância para a maior eficiência destes materiais transpiráveis / impermeáveis. Por exemplo, um par de meias de tecido sintético ajudará a manter os seus pés secos, aumentando a sensação de conforto e facilitando o transporte da humidade para a membrana, e daí para fora da bota. Uma camiseta ou blusa de tecido com tecnologia Dry, que também não retém a humidade, geralmente confeccionados em poliéster, será também recomendável para auxiliar na eliminação do vapor na transpiração. 
Relativamente à fibra polartec, surgiu nos anos 80 e é a fibra polar mais conhecida, cuja função é a de reter o calor corporal através da 2ª camada. Possuí diversos tipos de densidade tais como o 100 ou microfleece que é a mais fina de todas. O 200 que é o intermédio e o 300 que é o mais espesso e quente de todos, sendo também o mais procurado. Ao comprar um artigo com o selo polartec está a garantir uma compra 100% eficaz. Existem muitas marcas de vestuário Polar, mas muito poucas possuem este selo.

   Então, para se proteger e fazer uma boa compra já sabe como fazer, para além disso deve utilizar 3 camadas ou layers:
1ª Camada (junto ao corpo)
   Esta camada deve estar o mais aderente à pele possível, de forma a que a roupa consiga "pegar" na transpiração e removê-la para a 2ª camada intermédia. Daí que é importante que o vestuário cubra os braços e pernas.
Os tecidos para esta camada devem ser em Seda, Polyester, Acrílica ou Polipropileno. São ideais para o transporte da humidade do nosso corpo e possuem propriedades de aquecimento. Pode-se utilizar a lã, mas tem o inconveniente de levar muito tempo a secar.

2ª Camada (intermédia)
   Esta camada pode ser composta por mais do que 1 peça de roupa e deve ser suficientemente larga, de forma a que seja possível formar uma bolsa de ar aquecida pelo nosso corpo. Esta camada serve também para facilitar a passagem da transpiração para a 3ª e última camada. Devem-se utilizar diversas espessuras de tecido de forma a controlar a quantidade de aquecimento que vamos necessitar. O tecido recomendado é o "fleece" ou vulgarmente denominado por Polar.

3ª Camada (exterior)
   O tecido deve ser de nylon ou outra fibra sintética de forma a proteger-nos do vento e deve ter um fecho de Zip que possa ser aberto de cima para baixo ou de baixo para cima. O blusão deve ainda ter uma gola suficientemente alta para proteger o pescoço e ter um bolso ao nível do peito, que seja acedido sem ter de abrir o zip do blusão. Deve ainda de ter um capuz com uma pala de arame flexível, de forma a podermos moldar consoante a direcção do vento. A solução ideal é a utilização de um tecido que seja totalmente (100%) estanque á entrada de água, mas totalmente transpirável para facilitar a saída da transpiração, como é o caso do vestuário que utiliza a membrana GoreTex da marca Gore.

     Precedentemente havíamos feito uma lista (em grupos), de alimentos a comprar, assim como todo o material necessário para levar para a nossa travessia. Chegado o dia D, o ponto de encontro foi na nave de desportos da nossa universidade. Lá, distribuímos os alimentos e todo o material de modo equilibrado pelas nossas mochilas. Formámos um grupo num total de 13 elementos, motivados e entusiasmados para esta aventura. Infelizmente, dois dos nossos colegas (a Cristina e o Leonel) não nos puderam acompanhar em todo o percurso devido à sua saúde fragilizada na altura. No entanto, eles tiveram um papel de excelência na nossa chegada ao topo, que irei referir mais á frente.
  Após toda esta logística, distribuímo-nos pelos automóveis disponíveis e seguimos rumo á aldeia de Ermida do Marão (local do qual iniciámos a nossa caminhada). Com toda a organização necessária, o tempo gasto foi maior que o previsto, pelo que a nossa ascensão começou já tardia, por volta das 11h da manhã. O nosso líder e orientador Luís Quaresma, monitorizou-nos toda a actividade, fazendo chamadas de atenção para todos os aspectos técnicos, que nós inexperientes, facilmente esquecíamos.  
Ainda não com muito tempo de percurso fizemos uma paragem para abastecer energias e motivar a nossa moral. 
    Aproximadamente 3horas e 30minutos depois, cansados, mas ainda com energia e motivação para atingir o nosso destino, o tempo pregou-nos uma partida, castigando-nos com chuva, nevoeiro e frio. A chegada ao topo foi dolorosa, de progressão lenta, devido à inclinação do terreno e à meteorologia adversas.

   Foram perto de 6 longas horas e demos com o abrigo no topo da Serra do Marão! O sol já se tinha posto… O cansaço e o desconforto das roupas molhadas já não importavam mais, pois tínhamos conseguido o nosso objectivo!

     Apesar de transportarmos connosco o material necessário para pernoitar sem o abrigo (tendas), a decisão mais coerente foi fazermos daquele pequeno espaço, o nosso lar! Limpámos então aquele chão como podemos e estendemos as nossas colchonetes e sacos cama. Roupa seca e corpo descontraído estava na hora de jantar e aquecer! É neste ponto que os nossos colegas Cristina e Leonel entram!

        Seleccionamos um pequeno grupo (Prof. Quaresma, Vera, Araújo, João e Vítor) e fomos caminhar até à estrada no topo do Marão, onde estes colegas estavam de carro atestado com madeira (lenha) para nos aquecer. Transportamos então o material até ao abrigo e acendemos uma fogueira, que além de nos proporcionar calor tornou o local mais acolhedor.
   O jantar teve então início, onde cozinhámos por turnos: massa, atum, salsichas e outros mantimentos.
    A noite foi fria mas animada e as poucas horas de sono chegaram para compor as energias em falta e começar a descer pela manhã.
  Mais uma vez, as condições climatéricas não eram as melhores, pois chovia e ventava imenso. De pequeno-almoço atestado começamos a caminhada de regresso, e o sol acabou por aparecer alegrando-nos! O rumo tomado na descida foi o oposto da subida, e deste modo o tempo que o demorou a percorrer foi menor.
    Chegados de novo à aldeia de Ermida, a boa disposição reinou, o cansaço desvaneceu e a experiência desta aventura perdura para ser contada!

Técnica de Jumar

Na passada quarta-feira, na aula de Formação Técnico Específica do Ramo Aventura Recreação e Lazer, do curso de Ciências do Desporto, dia 2 de Março de 2011, foi-nos proporcionado a aprendizagem da técnica de Jumar. Assim sendo achamos importante partilhar esta nova experiência com vocês.

Mas afinal o que é JUMAR?

O dispositivo mecânico usado para subir uma corda é um Jumar. Este foi nomeado após uma fábrica suíça ter desenvolvido a primeira ferramenta para venda em 1958.

Assim sendo, Jumar é uma técnica de ascensão através de uma corda que se encontra suspensa, muitas vezes utilizada para técnica de resgate. A subida efectua-se com recurso a 2 bloqueadores que se utilizam alternadamente e a um pedal fixo ao bloqueador de mão.

  Jumar, by www.petzl.com

quinta-feira, 3 de março de 2011

Trilho de S.Martinho de Anta - Município de Sabrosa

“Corre por estes montes um vento desolador de miséria que não deixa florir as urzes nem pastar os rebanhos. O social juntou-se ao natural, e a lei anda de mãos dadas com o suão a acabar de secar os olhos e as fontes. Crestados e encarquilhados, os rostos dos velhos parecem pergaminhos milenários onde uma pena cruel traçou fundas e trágicas lendas. Na cara lisa dos novos pouca mais esperança há. (…) E foi por isso que fiz aqui uma promessa que te transmito: que estava certo de que tu, habitante dos nateiros da planície, terias em breve compreensão e amor pela sorte áspera destes teus irmãos. Que um dia virias ao encontro da aridez e da tristeza contidas nas suas fragas, como sensível criatura tocada pela magia da arte e chamada pelos imperativos da vida.”
 

Miguel Torga (in, prefácio à 2ª edição de “Novos Contos da Montanha”)

Retirado de: http://www.sabrosa.pt/turismo/roteiros/index.php?action=getDetalhe&id=1 



Casa do Escritor Miguel Torga


   Foi no passado dia 9 de Fevereiro de 2011 que juntamente com outros colegas nos dirigimos ao Município de Sabrosa para realizar um trilho pedestre a fim de avaliar a sua marcação no terreno.



  São Martinho de Anta é uma freguesia portuguesa do concelho de Sabrosa, com 16,01 km² de área e de 870 habitantes (2001). Foi elevada a vila em 30 de Junho de 1999.
Muito frequentemente surge designada como São Martinho de Antas, mas o decreto que elevou a povoação a vila afirma expressamente que o nome da povoação deve ser escrito no singular, e não no plural.
É o local de nascimento do escritor e médico Miguel Torga, que baptizou Trás-os-Montes como o Reino Maravilhoso.

Retirado de: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Martinho_de_Anta

    
Este trilho é composto por 6 etapas:

1ª Etapa (partida): Casa  do escritor Miguel Torga
2ª Etapa Negrilho
3ª Etapa: Igreja Matriz de São Martinho de Anta
4ª Etapa: Fonte de Arcã
5ª Etapa:Mamoa 1 das Madorras
6ª Etapa (chegada): Igreja da Senhora da Azinheira

  
   Ao longo deste percurso alguns painéis informativos informam-nos  acerca de aspectos culturais, mapa,recomendações e cuidados a ter ,fauna, flora e arqueologia. 

Caracterização da Flora

  A flora é bastante abundante, encontramos por exemplo líquenes (organismos pioneiros formados pela associação altamente eficiente de uma alga verde com um fungo) como Rhizocarpon geographicum, muito característico netsas zonas graníticas, onde recobre a rocha conferindo-lhe um tom amarelo-esverdeado. também podemos observar fetos fissurícolas como a fentelha (Polypodium vulgare) que prefere as cavidades fissurais rochosas mais húmidas, menos expostas; ervas e arbustos como Saxifraga spathularis, o bem-me-quer-das-rochas, um malmequer raro das áreas montanhosas, Silene foetida, cravos silvestres e várias espécies do género Armeria que são raras e, algumas, exclusivas de Portugal (endemismos lusitânicos) como a Armeria transmontana. Estas plantas referidas estão caracteristicamente associadas ao substrato rochoso, no entanto existem outros organismos menos especializados que também conseguem sobreviver nestas condições, onde se foi formando e acumulando verdadeiro solo, são elas a azinheira (Quercus ilex spp rotundifolia), a carqueja (Pterospartum tridentatum), a giesta branca (Cytisus multiflorus) e o tojo (Ulex europaeus).

  
Caracterização da Fauna

    Como acontece com a flora, na fauna também podemos encontrar animais que podem ou não ser exclusivos de meios rochosos. Assim, podemos encontrar aves como o melro-azul (Monticola solitarius), o rabirruivo (Phoenicurus ochruros), a andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris), a gralha-de-nuca-cinzenta (Corvus monedula), o estorninho-preto (Sturnus unicolor), o corvo (Corvus corax) e o peneireiro (Falco tinnunculus). Por vezes podem aparecer algumas aves de rapina como o grifo (Gyps fulvus).
Podem ainda ser encontrados alguns répteis como a víbora-cornuda (Vipera latastei), o lagarto-comum (Lacerda lepida) e a sardanisca-ibérica (Psammodromus hispanicus), sendo estes últimos fáceis de detectar uma vez que, normalmente procuram sitios expostos sobre os blocos rochosos onde permanecem imóveis ao sol.
Encontramos ainda por todo este territótio aglomerados de pinheiro-bravo (Pinus pinaster) assim como toda a fauna e flora que lhe estão associadas.

Património Arqueológico 

No percurso de S. Martinho de Anta podemos ainda encontrar a Mamoa I de Madorras com vestígios de pinturas e gravuras em alguns dos seus esteios, símbolo máximo do Megalitismo em Sabrosa.
A preocupação com a via para além da morte levou os Homens Pré-Históricos a construir estes dólmens ou antas reservados à deposição dos corpos ou restos ósseos de um número restrito de indivíduos.

Outro monumento existente neste território é o Castro de Sabrosa ou da Sancha.
Com uma importante implantação geoestratégica, sobranceiro ao rio Pinhão, o Castro de Sabrosa é já conhecido bibliograficamente desde o séc. XVIII, assumindo-se hoje como uma das principais estações arqueológicas da região do Douro.

As escavações aqui realizadas permitiram a identificação de uma acrópole, denominada pelos responsáveis como “reduto cimeiro” dominada por um torreão maciço em pedra que encosta parcialmente à 1ª muralha ou muralha principal do povoado de onde se acedia para um recinto murado em cujo interior se podem observar estruturas habitacionais de tipologia variada, portas e rampas de acesso.

Verdadeiramente imponentes são as três cintas da muralha construídas com enormes e bem afeiçoados blocos graníticos.


Recomendações e cuidados aos caminhantes
 
- Não saia do trilho limitado pelo Mapa
- Use roupa e calçado confortável e adequado à época do ano
- Não deite lixo para o chão, levando-o até ao caixote mais próximo
- Não faça lume
- Respeite a fauna e a flora, não recolha plantas, nem apanhe animais
- Desfrute da natureza, evitando fazer barulho
- Seja simpático com os habitantes locais
- Recomenda-se o uso de binóculos para a observação da avifauna.


Retirado de: http://www.sabrosa.pt/turismo/roteiros/index.php?action=getDetalhe&id=1 




   Após realização deste percurso podemos avaliar e apontar algumas falhas técnicas que poderiam ser melhoradas ou mesmo rectificadas. Propusemo-nos  a fazer uma avaliação das marcações de percurso. Para tal, contamos colaboração dos professores Luís Quaresma e António Serôdio, docentes do departamento de desporto de aventura e  lazer da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro. 
  Na chegada a São Martinho de Anta, deparámo-nos desde logo com a falta de um painel informativo com a marcação de percurso. Contudo existia um painel no largo de Eiró, indicando o início do percurso. Na nossa opinião, este encontra-se razoavelmente marcado, no entanto encontramos alguns erros dois quais passaremos a referir: 
- percurso marcado apenas num sentido;
- marcação de percurso colocada lateralmente, dificultando a sua visualização por parte do caminhante, devendo no nosso ponto de vista estar colocada frontalmente;
- marcação excessiva em alguns cruzamentos e por vezes insuficiente noutros, dificultando a progressão do caminhante;
- falta de informação relativamente ao declive do trilho.

   Concluindo, podemos dizer que este percurso tem algumas falhas, no entanto nem tudo merece críticas pois durante a caminhada podemos observar interessantes pontos geológicos e arqueológicos dos vales de Trás - os - Montes.

   Já com o percurso concluído, dirigimo-nos ao NaturWaterPark, um parque recreativo ainda em construção, localizado a quinta do Barroco, Vila Real. Com intuito de informação ou mesmo oportunidade profissional, conhecemos o espaço e o projecto ainda em execução. 




   Este parque de diversões do Douro, pretende ser o primeiro parque ecológico em Portugal, que incluirá um parque de campismo 4*, parque aquático para adultos e crianças, animal park, mini golf, ténis, hidromassagens, driving range, aventure park, pistas de gelo etc.


Mais informações em: http://www.naturwaterpark.pt/